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23 de jul. de 2011

Coisa de coice

A primeira vez do cavalo eu nem o vi tão educado lá, naquele minguado espaço do curral, não, não o vi. Cheguei mesmo a cheirar a região daquela parte traseira, muito suada sempre, onde as moscas adoram sentar. Talvez seja o lombo desse animal uma espécie de praia para moscas e outros insetos. Um cavalo será sempre cavalo, num ver-se de perto ou longe? Sim e não, segundo minha modesta cultura acerca dessa animalesca linhagem. Mas o importante que eu queria dizer, seria sobre o coice dele, o chute, a lambada, algo assim bem fora do normal entre seres que não possuem corpo tão avantajado como eles. E coice de cavalo pesa pra cachorro, não pesa?

Voltando ao lombo.

Um comentário:

Risomar Fasanaro disse...

Cacá

Lindissimo e preciso - nos dois sentidos- seu texto. É isso mesmo meu amigo. É o que eles querem. Se a gente deixa um tantinho mais complexo já nos colocam dentro de ostras imaginárias, que é onde escreviam os nomes dos desafetos que seriam exilados, acho que na Grécia antiga.
Como não existem ostras para tantos artistas desvalidos, nos tiram os espaços, os papéis para compor os livros, os tablados para os palhaços,os palcos para os músicos, para os atores, as telas para os cineastas. Não , minto, há
espaços sim, para os -sertanojos, para os autores de autoajuda, para os diretores das tropas de elite, para os atores da "golobo", enfim...Amigo, "Quando encontrar um poeta", um músico,um diretor de cinema brasileiro, um ator de
teatro, abrace-o em silêncio, não pergunte seu nome, nem
explique por quê, ele irá saber.
Resita! A vida é resistência eterna.
Beijos
Risomar

São Paulo, São Paulo, Brazil

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