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17 de jan. de 2011

Na superfície da lama




Precisava inventar uma crônica de chuva, de tragédia, de desprezo, de água lamacenta escorrendo em rostos, em bocas... Na ausência de competência e uma razoável distância entre eu e as termpestades das TVs, e as pessoas que estão sendo soterradas, não poderei mergulhar na lama do assunto.

E tenho curto, curtíssimo tempo na bronca das mãos.

E por falta de moradias dígnas a essa gente, eu me sinto bem mais, bem mais incompetente do que possa parecer para mergulhar na lama, na lama, na lama.

E só. E ponto. E só. Ponto. Por aqui.

Um comentário:

Georgeta disse...

Delicioso amigo. Não sei se contei ou você achou na internet ou se não sabe ainda ou nem quer saber.
Meu patrão é esse, o tal meio ambiente. É disso que vivo, de gritar chega de lixo, prá que tanta água volátil em garrafas imortais. As montanhas, morro numa e sei bem das tais, as montanhas se movem e não dão a mínima para fé ou falta de fé. Sem Maomé. A terra é viva. E absolutamente indiferente ao que sentimos.
Agora teremos a usina de Belo Monte. Cara... não vai prestar.
Mas be happy, pois a lama, misturada às carnes, aos ossos, às bananas não comidas,às plantas livres e nos vasos, diferentemente de Pompéia, vai virar terra fértil e embaúbas pioneiras vão avisar que tudo recomeça.

São Paulo, São Paulo, Brazil

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