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7 de fev. de 2011

Silêncio dos tolos


Palavra. De amor eu não entendo disso numa segunda-feira barulhenta, bem antes do meu silêncio beijando-a atrás de um caminhão cheio de pneus velhos, soltando nuvens de fumaça que estraga a gente. Acho que vou me engasgar de você por aqui em SP, e nem venha com caras e beiços murchados na covardia de um silêncio tolo!

Ando mesmo poluído de fúria, e não me deixe sozinho com minha língua na ponta dos dedos... Ah, eu ainda te pego no jeito do meu barulho, para que teu silêncio tenha mundos de justificativas. Nem imagina, vou comprar uma britadeira pra você pilotar nas ruas de SP, assim não mais te verei calada de mãos e bocas me fritando muda.

Ah, me deixe, ou rasgue-me por inteiro as roupas. Com ternura.

2 comentários:

Georgeta disse...

Hummmm. Ah... Que bom.
Se não, esqueço a poesia e abro a agenda.

Cacá Mendes disse...

Ah, faça, faça isso...
Estou no aqui em vento, sopro e osso de carne na poesia que a vida vai me cavando. Não invento nada. Vivo.

São Paulo, São Paulo, Brazil

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