1984
Eu li 1984 em 1984, e de George Orwell sabia pouco ou quase nada. Naquele tempo não havia os Googles para clics e xis de quês e ypsylones... A gente realmente precisava cair na estrada, lutar, se amassar, apalpar, chupar, e apertar-se em busca de informações. Quando não havia livros disponíveis, para descobrir coisas, minimamente, a gente tinha que ter as pessoas certas nos seus devidos lugares de nós. O que chamam de Rede Social hoje, sempre existiu; e a maioria das pessoas sabe, e é óbvio e batata: tudo que rola no computador é uma réplica da vida e não o contrário. Assim, construíamos a nossa “Rede”... E se eu não sabia direito quem era o cara, alguém da minha Rede sabia, ora!
Assim foi que soube de George.
Eu li aquele livro em três ou quatro fins de semana, sentadinho de forma bastante confortável num dos últimos trens de luxo que fazia São Paulo/Campinas/São Paulo, o chamado expresso das 18h30 de sexta. Era mais barato, mais confortável e mais seguro do que os paus-velhos nos impostos pela poderosa Viação Cometa, que até hoje, nos claros dos dias, ainda manda nos destinos de nossas pernas indo ou vindo pra muitos interiores de SP. Arre, que nojo desse monopólio capitalista!
E se G. O. nem sonhara com essa baboseira que seu “1984” espalharia de azar no mundo, muitos menos saberia que por volta dos anos 2000, existiria no Brasil de “B” uma réplica da joça extraída daquele mundo de Big e de Brother seu. E será que alguns desses tais de “heróis” dos “BBBs”, ficam sabendo de onde vem a expressão?!
E George O. o que acharia disso? Bom, passo aqui a lâmina e encerro o assunto, porque de comum não quero me entortar nos textos. Se der. Somente na vida. E com uma boa cerveja e alguns meioamigos – ao menos - (juntomesmotudo) já me sentirei bem mais feliz do que sempre tenho sido. Que fui. Hoje.
Moacyr Scliar: Ciumento de carteirinha
Há 4 anos
4 comentários:
Não ficam e o Bial não conta. Pobre do Bial, dessa vez faz juz ao salário, ou açucário, como queira. E quer saber? Não faz a menor diferença.
Das redes, do Google... eu gosto muito. Vieram na hora certa, quando as pernas e o fígado já exaustos. Alguns homens entraram em minha vida para reformas e é por conta disso que sou toda puxadinhos, lajes tortas e goteiras. Só Bill, o Gates, colocou as janelas nos lugares certos. E trouxe amigos que não me visitam em horas inoportunas.
Quanta bobagem...
amigo cacá, passo aqui para lhe dizer que sempre venho, com google ou não....
abraços
Sejam bem-vindos, sempre! E vivam as pessoas!
Cacá: Largue das drogas, senão elas acabam com você. O tempo que perde cronicando sobre o ex-trotskista Bial, poderia ser usado no comentário de suas andanças poéticas, estas sim, merecedoras de grandes audiências e vidências. Por que não fala de seu novo livro de poemas que está na briga da fila das editoras para ganhar um lugar ao sol de Quarador? Amplexos procê do JeosaFÁ. PS. Se não comentar o novo leiaute do meu Amplexos, não comento mais no seu. Chiniqueiro, um, dois, três, tô de mal.
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