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22 de abr. de 2011

Que negócio é esse de comunicação?

As várias violências que matam as pessoas delas mesmas, na sociedade, criam sempre grande comoção em outras, em sua maioria. Grande parte da mídia bem vigilante, atenta e cheia de esperanças nos seus faturamentos, redobra sempre os duetos dos agoniados, imprimindo-lhes maiores relevos, maiores cores, vultos. Assim, mesmo sendo que é a crueldade bastante cruel, com a sanha dos donos da voz e da imagem, para os seus ganhos tudo vale a pena: dissecam ao máximo os amargos de cada osso, em sobra, daqueles que servem tão simplesmente de produto/notícia para manhãs, tardes ou noites das famílias brasileiras.

Imaginemos nós, as novelas da Record, as novelas do SBT e mesmo aquelas tais novelas mais "requintadas" (pra não dizer um trocadilho bem idiota) da Globo, já não dão conta das emoções que os seres "normais" precisam consumir! Aí que entram esses Wellingtons para um tipinho de espetáculo (bastante mórbido, claro) que não precisa de atores profissionais, de diretor, bastando tão simplesmente uma locação e uns figurantes/vítimas para VIVEREM a CENA, tendo como protagonista um imbecil de família bastante precária na sua base, dentre outros paupérrimos pré-requisitos. Ademais, de resto, de sobra, de entanto o SISTEMA criador de emoções repercute, envia, reproduz, contamina, replica... e RESOLVE.

Ops! E até eu aqui estou na ONDA... Ah, não!

Assim, esses jovenzinhos mortos naquela tragédia do Rio, tristemente, servem ao MONSTRO da informação; da merdeira de um jornalismo de negócios, numa trama quase messiânica, do além, do pra lá, do lá. Ah, a Comunicação é uma mina, e o garimpeiro não precisa nem ter muita sorte, basta ter quase nada de escrúpulos e muita gana, é isso?

3 comentários:

Amplexos do Jeosafá disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Amplexos do Jeosafá disse...

Cacá: Há uma luta no ar (que me transpassa, diria o Drummond): a necrofilia da grã-mídia, que necessita de mortos na mesma proporção que de casamentos reais. Sem mortos, necas de ibope, sem casamentos reais, necas de ibope. Porém, me pergunto, porque funciona? Me responda, que logo eu o OH! GranDiOso FÁ embatuquei nessa encruzilhada que, se mineiros como Drummond e você não resolverem, me toma horas de meditargumentação profunda, ara!
PS. Excluí a mensagem anterior por causa de uma orto-gafe.

Cacá Mendes disse...

Oh, OH, pois é a vida de perguntar não diria que é mais fácil, mas respostas como essas eu também fico muito mais no vínculo da dúvida. Se o Grande Funcionário (da poesia) não responder, eu duvido de mim, duvido mesmo. Ora, vamos continuar fazendo as porras das perguntas, meu caro FÁ Maior. Abs

São Paulo, São Paulo, Brazil

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