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23 de mar. de 2008

Digressões e beijações

Havia me prometido na semana passada, não esquecer de agradecer os meus tantos leitores (estou tentando um jeito de saber quantos...). Mais de uns eu sei que são, pelas manifestações todas de um lado e de outro. Percebo também o silêncio de uns que sei que leram (e gostaram, acho) mas não se manifestaram. Uma hora ou outra não vão ficar calados... Calados não são. Vamos ouvir.

Já posso dizer que se fosse formar um time de futebol de campo, sobraria até jogadores pra ficar na reserva. Só falta camisa e campo. Chuteira também. Agora, a perua kombi precisaria dar duas viagens, a não ser que arranjasse uma daquelas bestas, vans etc.. E esses meus leitores, se jogadores fossem, real, de time de várzea não seriam.

(Com dinheiro é fácil mandar buscar sucesso e felicidade... Perua kombi lotada de bons leitores, não enche a conta bancária mas já deixa o gerente do banco meio constrangido na iminência do escritor solicitar um empréstimo. E se houver recusa, terá de ser feita com bastante propriedade. Se não, tudo será motivo para aqui virar cabo de assunto em carne e osso. Viva.)

Mesmo sabendo que pular é coisa de atletas outros, não de jogadores de pelota, muito menos escritores, etc., etc.. Pulo dou para outro assunto que me desnorteia a bobagem da cabeça em parafusos. Lembrei-me sem querer de uma prosa engraçada e perigosa do sempre lembrado Guimarães Rosa: Famigerado. Palavra que significa, ao pé dela mesma, fama. Logo, nem precisaria disto ao leitor dizer, claro - mas como de espaço aqui estou ainda na fartura, vamos abusar. Claro, sem lambuzar.

Diz aquele Conto de uma fama que o doutor, personagem procurado pelo jagunço da história e sua trupe, não queria para ele nem para os seus que de bem fosse na vida... Diante da interrogação do iletrado bravo do sertão, do significado do termo FAMIGERADO, o douto senhor teve dúvida e calafrios para não mentir; nem tampouco dizer do carregamento da palavra, assim, no cheio, no acertamento do que se conhece do estendido entender da palavra em questão.

Arriscou: disse verdade cristal, como açúcar. Afinal o doutor - por mais fraco que fosse ali - frágil não era naquele sumidouro de mundo. Por outro lado, o FORTE e seus homens suados do castigo da seca, impaciente, só aceitaria a pecha se PALAVRA fosse boa para lhe servir no agrado das gentes todas desse sítio. E doutor não seria doido de não saber do significar as coisas na justa medida para o bem querer do entendedor. O que ficou, piamente, ajustado.

Mas voltando no pulo que eu dei, despulando novamente as coisas, eu dizia dos meus queridos leitores e de um possível time... A verdade seja dita, doendo e não sendo ameaçada de morte o respondedor, nem suando as fraldas se houvesse: reconhecimento todo mundo quer e se for o caso, vamos dar quantas viagens forem necessárias, de perua kombi, para levar não só o time inteiro, mas a torcida também.

Beijações a todos que me aceitarem. Oxalá. Na justa medida dos beijados.



Fora da órbita
A propósito de famigerados, que é tudo que pago pra não ser, acabou de desembarcar no Brasil a cafetina Andréia Schwartz, que fez tremer (não as Torres, porque estas já foram) Nova Iorque, derrubando o seu governador, Eliot Spitzer. De tão assim, assim que está a moça, já corre boato a boca miúda, claro, que as TVs (algumas emissoras de televisão, não os aparelhos) estão disputando à tapas quem vai fechar contrato com a moçoila para estrelar sua próxima novela. Ou seja, a vaga que poderia ser de uma provável modelo (porque atrizes já andam meio fora de moda, não é?) já dançou... Afinal, a fila anda. E, às vezes, de banda. Mas anda. Arre.

3 comentários:

Anônimo disse...

Desde que conversei com vc pela primeira vez, vi que tinha queda pra política. Com suas digressões e beijações, tenho certeza agora.
E a fama há de chegar...está no seu caminho.
Abraços,
Solange

blog do dan disse...

O futebol é possivelmente o segmento esportivo que melhor representa a dramaticidade e graça da vida em efêmeros 90 minutos. É claro que tantos craques como Carlos Drummond, Nelson Rodrigues escreveram sobre o esporte bretão. E vc, Cacá, não poderia faltar.
Abraços
Daniel

Anônimo disse...

Caca querido..neste caso a fila anda de bunda, nao de banda...
beijos
Luisa

São Paulo, São Paulo, Brazil

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