Imenso formigueiro

As pessoas complicam,sim, complicam. Eu sempre soube disso desde a primeira vez que me desencontrei, em vida de adolescente ainda, em um pequeno amor que achava maior que o mundo. Depois vi que esse amor era tão minúsculo como uma formiga, mas nem por isso não fui picado... Ai, ai, ai.

Disso ficaram os escombros e não foi mesmo fácil reconstruir impressão que fosse outra em memória tão tenra, digamos assim. Por muito tempo, o que chamei de síndrome da formiguinha, me acompanhou em cena desse filme marcado e repetitivo.

Hoje que me vejo livre e desfeito de impressões sofríveis como essas, posso dizer que não sofro mais que meia dúzia de minutos quando me desencontro d’algum provável amor que seja. Mesmo que ele possa ser grande e me ferir mortalmente, logo penso tão simplesmente numa formiguinha e nada mais que uma leve picada.

P.S.: e se, esse mesmo provável grande amor (depois de tudo) insistir, não perco tempo em dissimulações, vou ao seu encontro, tão simplesmente. Se não for desta vez, paciência, o formigueiro é imenso.


Fora da órbita
Teve no último dia 21, no feriado de Tiradentes, um grande show capitaneado pelo midiático Padre Marcelo Rossi, com a presença de outros famosos como XUXA, Ivete Sangalo e etc., etc... O tal evento que não passava de um grande show/missa ao ar livre, reunindo milhares de seguidores dessa linhagem de pregação foi uma espécie de ato “pela paz”...

Verdade seja dita, se utilizam desses atos para montarem uma grande vitrine e expor os seus produtos... Cada um vende o que tem e como pode. O tal padre vende a paz do Senhor e seu santo nome beatificado pela Mídia; os outros, que não são santos mas são reis e rainhas de alguma outra baboseira, também pregam e vendem essa paz... Para isso, nem que sejam repastando do banquete das misérias humanas.

Sirvam-se todos da violência contemporânea. Ela está no meio de nós. Comam e bebam à vontade. Amém!