Nunca deixe alguém estragar o seu... Aliás, o que nem é seu
Eu queria mesmo escrever sobre outra coisa hoje, nem me lembro bem o que era. Já me encontrava com um pé e uma língua no assunto, fui obrigado a dar meia volta e me enfiar noutro tema... Isso é um porre porque nos rouba a espontaneidade da vida, nos rouba tempo. E como dizem, tempo não é outra coisa, se não moeda corrente. E para um escritor sem a alma da fama, o leitor deve imaginar o que é esse carregamento de pedra... Aff, como diz a amiga que nem digo o nome para não complicar mais ainda a página. Por enquanto.
Vamos lá. Abusos, afrontas ao consumidor, aos pobres mortais, uma empresa não mereceria nem ser citada o nome, mas já que não há outro jeito de alertar os outras vítimas do consumo, boto neste exato instante um pano no nariz e uma luva e digito o a seguir: SUPERMERCADO DIA, loja da Rua Augusta, próximo ao número 1000 (é isto? Acho que sim). Assim, o caso que poderia até ser de polícia se esse país, este estado, esta cidade não estivessem ainda tão zoados (para usar a expressão do meu pimpolho). Explico: a tal loja na entrada para o seu interior o público, o digníssimo mantenedor dela, é obrigado a passar numa roleta (ou catraca) e se não comprar nenhum produto lá não tem uma porta decente de saída. O sujeito que não concorda com os preços, não achou nenhum produto interessante ou não pôde comprar, é obrigado a sair por onde as outras pessoas se amontoam em filas para passar suas compras nos caixas... Aquele cidadão, MUITO CONSTRANGIDO, que não comprou nada na loja é obrigado a pedir licença aos comprantes para escapar dali. Pedir é um sofisma, porque na verdade se o sujeito que está na frente não sair, logo o não-comprante vair ter que atropelá-lo e sair da mesma forma, não há saída!
Ou seja, o espertalhão (ser impensante, só pode ser) que inventou essa armadilha deveria encomendar uma placa e mandar pôr na porta das tais lojas, assim: aqui é proibido pesquisar preços...aquele que tentar será CONSTRANGIDO, sob o risco de ser obrigado a consumir ao menos um pãozinho.
É isso. Assim tentaram me estragar o dia, a semana, e o mês. Tentaram. Nada mais há a ser dito sobre o tal incidente, digamos assim. Bem por enquanto, claro está.
Moacyr Scliar: Ciumento de carteirinha
Há 5 anos
Um comentário:
Ta bom...por enquanto...aff... risosos
beijos menino
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