Páginas

9 de fev. de 2009

Bolo de Aniversário do blog

Um cara (não sei lá quem) querendo saber por que me acho escritor:

- Quem é você? De onde veio? Faz o quê da vida? Quem você pensa que é? Qual é a sua?

- Eu de mim mesmo?

- Sim, sim.

- Que quer dizer você com perguntado assim?

- Não... ficar tão... feliz... te disser ... lugar... toma...do, viu!

(Esta última, que diz de fala dita do outro, não ouvi direito... Por quê? Nesse exato do momento ligaram no andar de cima - acho que é andar mesmo aquele de cima- um barulho andando na parede, no cru de um concreto doido de furar, doído no ouvido. Furadeira, aquilo trepidando, ou coisa parecida de bicho elétrico corcoveando no pensamento que fiquei comigo achando. Isso é desinteressante, foi o gritado, por mim, (penso) ao cara do outro, o daquele falar inquisidor, incompreensível, aos gritos.)

- Ah, sim, meu nome é Cacá, digo, Carlos de tal, de tal, de tal, de tal... Por aí e aqui eu vou. Alguém quer ter alguma coisa com isso comigo, só por que não uso caneta, mas digo, e não, sou o que sou, escrito eu faço ficar, escritor domeu (assim mesmo emendado: o ‘do’ e o ‘meu’) jeito e daí, vai ter o que dizer pra me agüentar de enxerido se achar que sou mesmo isso?! Hein?!

Espirrei o que quis na testa do sujo jeito do cara me encarar com asquerosos dizeres de quem é dono do lugar. O grito dele ficou mudo, porque já havia na minha conta, marcado, data a data, no aéreo espaço, impalpável da Rede, doze meses, um ano, contado no calendário de cristo, registrado para os vidros da cara de quem quiser!

(E, nem de calculadora precisaria, eu ruim de matemática que ainda sou um pouco!)

- Aniversário, um ano de aniversário! O bebê é um verdura ainda, engatinhando de manso, mas tá na vida e ninguém tira!

( O bebê é o Blog, esse aqui, rá, rá, rá...)

Eu berrei de assim e bem alto que nem pude mais repetir (e era o que queria e quis), como se fosse um gozador de mesmo, de verdade, daqueles de torcida do esporte bretão. Um fanfarrão, um gozador com os contrários do seu time. Urra, urra. Depois cuspi sem catarrar, muito de água da boca que saia de mim, por alegria gritada dessas. Um ano de vida!

Vamos ( ou vou?) cortar o bolo (dúvida minha se fico no singular)!

Assim, foi que deixei quem falava, sozinho, com o barulho do gritado seu, com o barulho da máquina, esmerilhando com os miolos meus, no lugar, tranquilos, colocados, e prontos pra serem espremidos até o último átomo em função do fato, do acontecido, do espirrado, do urdido. Ah, domeu (jeito de escrever assim mesmo, emendado o ‘do’ no ‘meu’) , nada santo gemido. Antes que eu fosse morrido.

Pronto: Crônica de Segunda é fato, ta aí, estendida, espaço/blog descortinado (exatamente em 11 de fevereiro do ano de 2008), batendo asas na minha festa da uva, e da fala. Eu e meus quase três fuscas de leitores (menos, claro, o chofer em cada um deles, que não se conta), já podemos acender a vela para o assoprar de assopros. Fuuuuuuuuuuuuuui


Um comentário:

Anônimo disse...

UHUHUHU
Parabéns pra o Blog? Aqui é o unico parabens que dei e vou dar para o Pai, pai este que se escorre dos dedos dos filhos, aqueles de carne e osso, que querem porque querem que o Irmão Blog tenha pedaços deles, já pensou nisso! Seus primeiros filhos estão querendo que seu filho Blog façam parte deles..ou vice versa, mas voce entendeu? né? rs
Voltando PARABENS PRA VOCE! PAI DO BLOG...
Beijosssssss
sua eterna fã

São Paulo, São Paulo, Brazil

Seguidores

Visitas