Saber de Zezé
Pois bem, pois, digo. Sexta última, esta passada, penúltimo suspiro deste janeiro, tomei cerveja com Zezé na esquina da Augusta com a Abílio Soares (ou Antonio Carlos?). Sabe quem é ela? Não, ainda o não será sua resposta, dileto leitor, claro; porém, todavia, no entanto saberá em ciência, assim diz-se o pois do pois do sabido em aprovado, qual seja lá o que for o acaso. Me aguarde por aqui mesmo numa dessas segundas em vinda por aí. Promessa é compromisso.
Por resistência sua, quase invencível, bravamente, é uma das poucas pessoas amigas que não possui um endereço eletrônico, e continuará sem possui-lo por muito tempo, imagino. Assim, vez ou outra me procura para assuntos de computador, com ela à distância, claro. E nessa sexta-feira não foi diferente, e aquele após terminou num bar, em cervejas rápidas, pois o meu tempo era o dos menores dos últimos tempos pra isso. Assim, não entrarei nos fatos, só na contadora. Mas de manso, só na casca.
A Dora, irmã dela, outro dia me reforçou sobre esta falada aqui:
- Cacá, fuça com ela que a danada conta. Sabe tudo sobre trava língua, cordel, etecétera; só nunca foi poeta, mas se deixarem vão ter que aguentar depois - brincou.
Zezé que ganha a vida como professora, confessa todo tempo que filha sendo que é de militante de tempos outros, de ligas camponesas, muitas histórias têm guardadas. Não me disse nada, mas vou saber disso, ainda. Me asseguro.
Depois, sabendo, calado, ou travado dos dedos não ficarei, pra quem não sabe, fica aqui o sabido.
Tem o mais ainda, ela, foi amiga de pertíssimo, de ombro, de coração, de sussurro, de proteção, do nosso amadíssimo Zé Kéti. Sim, o mesmo daquele outro dia, o da rua Gravataí, em São Paulo, o do samba, o do morro, o do Opinião, o dos “etis” que eu disse, em crônica lida por poucos e muitos!
Fica o combinado prontinho aqui, então. Zezé, minha amiga, e eu dela, depois vai contar e eu conto, conto, vão saber, sabido fica.
Moacyr Scliar: Ciumento de carteirinha
Há 5 anos
Um comentário:
Ciumei.. :(
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