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16 de mar. de 2009

O preço da água



Havia prometido a mim que não mais mudaria o assunto planejado, mas veja bem como não são elas, as coisas no meio do que a gente nem pensa. A vida como não é um teatro, ou seja, não há ensaio, está sempre à mercê de uma ou outra ordem.

Quanto custa o sorriso da dona da mercearia que sempre me sorriu, mas hoje, repentinamente, mudou a máscara e fez cara carregada diante da minha recusa em pagar o preço da sua garrafa d’água: dois reais o litro, o litrinho, o litraço, o tal, o aço.

Não. Não.

Nem vou dizer da importância dessa água, justamente hoje; nem vou dizer, ou o isso viraria um Deus nos acuda – o que nem sei se esta máxima de socorro vale - ah, viraria.

Passando ao cerne, ao buraco da questão, quando desmanchei a carranca da dona da mercearia com minha negativa, afirmando em tom redondo, liso e definitivo:

- Seu preço está muito caro.

Sob este dito girei a bunda dos meus calcanhares e mudei o local da minha aquisição. A morte de minha sede esperaria, afinal não estávamos num deserto. Este é o preço que posso pagar, nem um centavo além.

P.S.: pensemos num futuro, vão querer cobrar assim, qualquer gota d’água, o olho da cara. Os diários, blogs, espaços gerais de cronistas e istas todos... Ah, tudo pode virar um porre só. Água, água, água...

Os mendigos não vão mais pedir “uns trocados”, Ufa. (Vão berrar: ÁGUA!)

2 comentários:

Anônimo disse...

Suas preces foram atendidas...veja a chuva que caiu hoje, se tivesse lido seu blog ontem, com certeza eu teria te dado de graça litros e litros de água, ja que fiquei ilhada no centro por quase 4horas..semana que vem leio ja na segunda, caso precise de algo ja tera na mão....rs
sua eterna fã (molhada)

Cacá Mendes disse...

Você é mesmo, implacavelmente, minha maiga, e isso tudo me deixa cada vez mais mimado! bjs

São Paulo, São Paulo, Brazil

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