Reunião de comuns
Ontem fui num café da tarde de umas amigas. Aliás, na casa da minha amiga com as amigas dela... E a diletíssima anfitriã, delicadamente, retalhou um poema de minha lavra e o distribuiu debaixo das xícaras a que cada um teria direito a usar para o bendito líquido quente, sua majestade, o café. Os retalhos enumerados, conforme o total de pessoas e estrofes, não foram nem mais nem menos do que seis de meia dúzia do número, pro exato, redondo e entendido do
caso desse poema que seria lido como o bendito, o fruto. E foi.
Assim, sem que soubéssemos, na hora dos sentados à mesa fomos convidados a olhar em baixo e ler, por ordem numérica, o tal poema. Tive certa vergonha, mas gostei da ideia, mesmo porque uma das presentes achara que aquilo fosse uma oração... Não deu outra, demos as mãos e assim comungamos com a poesia, depois nos fartamos do lanche e do líquido e da amizade, sem derramar nenhuma gota nos cantinhos da boca.
Enfim, estávamos todos comungados nessa arte. Amém.
PS: para preservar ao máximo a verdade: o evento ocorreu há alguns meses, e o registro somente agora se torna dono do possível.
Presentes naquele encontro: o bendito aqui, Cira, Edilena, Irene e Risomar.
Moacyr Scliar: Ciumento de carteirinha
Há 5 anos
Um comentário:
Voce tem muito mais fãs do que imagina meu amor...
beijos
sua eterna fã
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