Saí nesta (na verdade foi na outra, a passada) segunda ao meio dia pro almoço e bem diante dos meus olhos na Frei Caneca, quase esquina com a Peixoto Gomide, vi um carro embicado dentro de uma padaria, e na calçada um tapete enorme cobrindo o que parecia ser sangue. Em volta um carro da polícia e uma penca de curiosos.
No meu imaginado, somando com noticia dada na TV hoje de manhã (também daquela outra passada), da morte de um garoto no Distrito Federal, atropelado por um canalha bêbado, num ponto de ônibus em que estava junto com a família, o saldo: viver é assustador.
A conclusão na ponta do lápis, calculada em matemática simples, quase tosca: o melhor é não sair de casa, e se o fizer, nunca todos da mesma família juntos, sob o risco de não sobrar ninguém para o cuidar dos entes.
O cuidar, que eu digo, fazer o enterro nos moldes da civilidade.
Por que os canalhas vão continuar canalhas, vão continuar pilotando um carro por aí, e, o pior, vão continuar bebendo.
Lamentavelmente.
Moacyr Scliar: Ciumento de carteirinha
Há 5 anos
3 comentários:
Entendo sua indignação...
Poderia filosofar em cima do texto..mas... não cabe no momento...
beijos
sua eterna fã...
POis é, hoje o meu temnpo não dava nem pro gasto, e ainda tive que dividi-lo com isso aqui. Logo, o máximo que deu foi para escrever um caso/puramente/verdade... É o que deu, sem poesia ou vaselina, que fosse.
Bjs na fã
Que pena parece que a realidade te fez perder a poesia.
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