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8 de jun. de 2009

Dramaturgia da realidade

Nesta semana, agora passada, diante de tamanho acontecimento trágico com o avião Rio/Paris, cheio de perguntas nos ares, literalmente, e poucas respostas nas ondas e freqüências, a imprensa toda, mais tonta do que barata ou mais barata do que tonta (o que até me confunde nos arredores de mim), deixa o coitado do público, do notório receptador (ou depositário) de notícia numa expectativa frouxa e vazia de um algo esplendoroso de sei lá o quê, o quê, o quê, que irá surgir de um nada magnífico e espetacular e gigantesco, grandioso, ardoroso e sei mais lá o que de quê que será de ser para redimir a todos com uma verdade, incontornável e definitiva para suprir a todas as pobres criaturas humanas deste planeta diante de um aparelho receptador...

Parte da mídia, ou média, consegue tecer dramaturgias, não nos moldes das novelas televisivas, porque o final aqui nessa real (não há como, os fatos não podem ser alterados em função do patrocinador do programa...) será mesmo palpável, e isso nos angustia para sempre no mesmo, e nos avisa mais uma vez:

- Caros amigos e carnívoros humanos, a verdade verdadeira do cotidiano dos fatos invencíveis está por um triz!

2 comentários:

Giseli Silva disse...

Olá Cacá!

Ah algo que me intriga... quanto mede um triz?

Beijos

Gi

Cacá Mendes disse...

Olha, isso é um hai kai, poesia na cabeça, parabéns:

"Algo me intriga: quanto mede um triz?"

Bjs a vc tb

São Paulo, São Paulo, Brazil

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