Humores de amores sem fim
Uma sempre minha, sempre, grande amiga, e eterna professora também, de vida inclusive, vez ou outra me telefona, e na última quinta-feira, entre uma conversa e outra me perguntou da diferença entre mau-humor e falta de educação. (Não que ela não soubesse, mas queria sim, sutil que é, debater comigo e até desabafar sobre certos mal-humorados que a rodeiam no trabalho...) O que, na minha modesta concepção andam de braços dados, e um é filho do outro, não há como. E discorro no aqui deste meu agora, por achar que precisamos sim discutir nos pequeninos dos assuntos de tudo, para que nos grandes sejamos sempre bons e melhores também. A vida não pode doer mais do que a dor que já nos impõem os todos dos sistemas e suas consequências ruins.
Se o sujeito for educado em casa, digamos no colo do seu berço, e seja lá o que lhe apoquentar no afora do seu ninho sempre terá jeito e estratégia para aborrecer seu semelhante o menos possível, ou somente o inevitável. Agora, o cujo do sujeito que vive apoquentado, mal-humorado, sempre, não medirá esforços para aborrecer os seus similares e semelhantes. E aí mora um dos filhos legítimos dos mal-educados, na carne e no osso, veja. Tanto no durante como no depois, esse Ser nada invejável (asq... asq...), nunca será bem-vindo. Exceto, se muito dinheiro houver na sua “burra” do banco, e o isso disso daí convencer os alguns que não se importam com o compra-e-vende de amizades. Daí, negócio não se discute.
Ao mais, no longo da vida de um infeliz com essa marca poucos serão os corajosos e abnegados a lhe estender a mão, quando necessário, se tiverem por perto, claro.
Assim foi que pude observar esse assunto e dar a minha opinião para a dileta e sempre querida amiga. Que entre uns e outros tantos risos, encerramos nossa boníssima conversa, de dar inveja aos mal-humorados ou mal-educados, que forem.
Moacyr Scliar: Ciumento de carteirinha
Há 5 anos
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