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6 de jul. de 2009

Equilíbrio na bola

Muito me intrigam coisinhas, que são miúdas eu sei, mas no completo, no redondo do todo, pesa muito na gente, chegando a nos deixar em situação vexatória às vezes. Eu fico pensando isso porque tenho um conhecido que joga num time de futebol lá na “ZL” (Zona Leste de São Paulo, e no assim é chamada na intimidade por muitos), e ele não é nenhum garoto mais, mas sua diversão, fora uma cerveja e outra, não é mais que isso nos incansáveis fins de semana.

Problema é o seguinte: o dono do time, que é o cara que tem as camisas, a bola, e produz todos os esquemas de jogos e coisa e tal, agora deu pra lhe tirar uma. Veja só, dileto olhador de minhas nadas tortuosas linhas, até em futebol de várzea tem fogueira e vaidade, mesmo quando não há a mínima faísca de fogo para acender algum. O sujeito, o dono da bola, agora não o convida mais pra entrar nas partidas e lhe reservou, apenas, oh, as laterais do campo, em pé, claro. Diz o amigo, que a pendenga, ou peleja - muito discreta, silenciosa, muda, digna de uma contenda de gente finíssima (se é que é possível isso) e coisa e tal - é porque ele não topou o casamento com a irmã do sujeito do time. Daí, a moça, em choradeira danada, deve, talvez, até exigido que o seu mano cortasse o ex do campo, da chuteira, da camisa, do gramado, e lhe desse apenas as bordas da galeria para olhar o jogo como reserva de reserva apenas, ou torcedor, se quisesse. E o tal cunhado, aos pés da grama, poderoso naqueles por alis e etc., sendo o dono dos esquemas seguiu os caprichos da moça.

Daí, como escrevi e registrei no acima daqui, contado-me o caso direto pelo desistido do assunto do casamento e depois, expulso da bola e do campo. Fiquei comigo, no pé do ouvido e nas mãos da mente, a me embaralhar acerca disso tudo... A coisa que dá equilíbrio ou desequilíbrio nessa vida, entre os iguais humanos ou não, é Poder mesmo. Seja ele um máximo maior das alturas do universo dos poderios mais horrendos, tenebrosos ou maravilhosos e osos, osos, ou seja ele um mínimo, coitadinho, miudico, titica de nada, mísero, filete mínimo de poderzinho! Não, não há como.

Agora, o COMO é ser justo aí nesse injusto colocado do jogo, hein? Eu pergunto porque me sei sair disso pra mim, pro gasto, não pra doar aos transeuntes olhares que aqui passam. Será que a gente precisa mesmo ser dono da camisa e dono da bola? E será que a gente precisa mesmo desse equilíbrio para nos manter no campo?

2 comentários:

Giseli disse...

Então se vc não for o "Dono da Bola" tem que ser amigo do dono, e se for amigo do amigo tambem vale "as vezes", agora tem uma saída "Ser o Cara", indispensável...

Beijos

Giseli disse...

Ah, e tudo isso se você achar que realmente é importante estar no jogo!

São Paulo, São Paulo, Brazil

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