Eu de ônibus, num domingo desses voltando pra casa, ônibus a 40 km por hora, banlangadan e só no sacolejo da carroça, comigo, dos pés à cabeça. Mas vale lembrar que SP já foi pior de transporte público, muito pior. Ao menos as poltronas atuais deles são almofadinhas, rasas, mas são. Em outros anos era uma coisa de fibra, pra arrebentar o cu do cidadão (com perdão da palavra). Mas voltando no aquele dia que dizia, quando me fugi em digressão... Vamos à cena:
- Queria ver os cavalos de Dom Pedro beber dessa água aí, hoje. Sabia? Naquele tempo eles bebiam dela... - Esse era o motorista do ônibus, falando e olhando em direção ao rio Ipiranga, um que corta o quintal do Museu do mesmo nome, em homenagem ao nosso Dom Pedro I que, daquele grito não morreu, reu, reu.
- Ai, credo!... esse rio tá uma nojeira! imagina... morreriam no primeiro gole... - Essa é a cobradora do ônibus, que agora voltava a se movimentar com o sinal se esverdeando. Abriu. Abriu. O farol.
Eu ri, ri da cena imaginada, com Dom Pedro dando água aos cavalos. Meninos, eu ri.
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