O (a)preço do voto


Em ano de eleição para prefeitos é bom que fiquemos atentos e discutamos questões nem sempre lembradas...

A arte, a cultura como um todo, não dão voto mesmo. Exceto quando se programa eventos e se arrebata multidões com artistas midiáticos, normalmente com produtos artísticos feitos para o consumo às pressas, algo como fast-food. Ou seja, onde o cidadão poderá provar daquilo que ele sempre pensou que quis, mas nem imaginou naquele outro produto que não sabe, mas sempre quis. Assim, um imbecil alimenta o outro vício e o outro verso. E vamos nos trocadilhos dos dedos piando conforme a música dos teclados. Arre!

Mas uma coisa parece que político ainda não sabe (e falo da maioria deles – da esquerda à direita): artista, seja ele famoso ou não, tanto dá voto como tira. E como! Basta uma meia dúzia de telefonemas e tá feito o estrago ou o concerto (conserto). E com o advento da internet, meu caro, as coisas ficam bem mais interessante e acho bom que esses desinteressados por projetos artístico-culturais, comecem a se interessar pela questão...

Que pensem mais em projetos culturais, menos em eventos, que pensem mais nos adiantes e não somente nos agoras dos aquis! Vão, que estamos indo e estamos por vir. Como for, como quiserem.

Esse é o (a)preço do meu voto - antes que alguém queira algum trocadilho infame! Poeta é desconhecido, mas poesia tem nome.