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25 de ago. de 2008

Os nossos ouros e nosso choro


Trabalhei duro nesta semana que finda e não sei onde buscar notícia pouco dada a lembranças e, ou curiosas para encher minha crônica da semana. E se ao leitor ainda sobra algo na lambança desses últimos dias mais voltados às Olimpíadas... Verdade que, para nós cá deste lado do mundo, pouco tempo foi sobrando para chorar junto com nossos atletas que não chegaram ao pódio, ou foram, mas não no degrau desejado.

Só sei que o resultado mostra o quão ainda somos amadores no sentido mais puro do termo. Amamos, amamos, amamos, amamos... Falta de investimento nos atletas ou falta de atletas bons, ou falta de profissionais da saúde que possam dar suporte psicológico aos nossos meninos e meninas de ouro (para nós são sim!) para não pisarem onde não devem no final de cada prova? Alguns choraram e pediram desculpas ao país... Bom, eu pedi, fiz minha parte, as minhas desculpas em silêncio a eles, por só lembrar dos esportes em tempos de competições importantes como esses. Coisa que cada brasileiro (aquele que come três refeições ao dia, ao menos) deveria fazer. Quanto às empresas e seus representantes nem vou comentar... do governo também não vou comentar.

Outra coisa ridícula é termos um dos maiores times de futebol feminino do mundo e deixar que nossas atletas vivam sem salários ou com salários míseros! Vamos tirar um pouco da grana da ala masculina do futebol (que anda devendo muito ao país, eu acho) e repassar à seleção feminina. É o mínimo. No mais, me vou indo mesmo porque o tempo urge e meu pão ainda não está ganho. Abrajos e beiços.

P.s.: eu nem devia me meter nesse negócio de esportes, acho... a arte e a cultura já sofrem tanto com a falta de compreensão e apoio, imagine.É como aquela coisa do mendigo ficar pedindo esmola para o seu colega do lado. O deboche dos indiferentes passantes passa a ter um certo sentido, até.

Um comentário:

blog do dan disse...

Excelente e lúcido texto , meu amigo Cacá. Só não se sinta incomodado em mendigar por um "pouco" mais de investimento no esporte brasileiro assim como arte e cultura, afinal de contas já mendigamos diariamente por uma coisa nefasta, tacanha e mesquinha chamada amor, que nada mais justo em mendigarmos por coisa que realmente nos valha a pena.

São Paulo, São Paulo, Brazil

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