Vida de primeira
Segunda, segunda, segunda... Cansado da vida de segunda, vou ver se daqui, doravante em dia, consigo vida de primeira. Acabo de botar na minha mala de mão, uma passagem para o outro lado, e assim me vou nessa ponte, travessia trêmula nos cuidados dos passos não vou mais errante, nem verde de medo, vou de coragem, na mão dos dedos. Arre, urre, uuuu!
Se em terra minha de pátria particular vivesse, onde nasci verdinho em flor, miúdo em mãos de minha mãe maior de carne e ossos fortes, daria voltas gritando num cavalo bem brabo, corcoveando ligeiro, sem cair de besta no chão só pra mostrar minha coragem de primeira!
Abraços de braços no mundo de todos que olhos botarem por aqui me lendo, me vendo. E até.
Moacyr Scliar: Ciumento de carteirinha
Há 4 anos
2 comentários:
Cacá: sua vida de segunda pode ser de segunda, mas sua crônica de segunda é de primeira, omessa!
Meu caro Pro: assim suas palavras me vão sempre sendo um gás, a energia para a minha Primeira de vida que todo mundo precisar ter! Abraços de braços mesmo daqui!
Postar um comentário